Vida saudável nos Parques: um perfil em construção
- Yane Ulisses
- 25 de mai. de 2018
- 2 min de leitura
O desempenho de atividades físicas tem ganhado espaço no modo de vida do palmense, em grande parte pela necessidade do exercício físico como uma etapa importante no alcance de uma de uma vida mais saudável. Essa mudança de hábito, no entanto, não é recente, em 2014, Palmas foi considerada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) como a 4ª capital brasileira no índice de desenvolvimento que avalia a saúde como um dos quesitos, já em 2017 foi apontada pelo Ministério da Saúde como a capital mais magra do Brasil.

Dentre os fatores para o alcance desses resultados pode ser destacado o investimento nos espaços públicos e comunitários destinados à prática. Essas podem ser supervisionadas, mas não dependem exclusivamente de uma orientação profissional, já que para as atividades básicas, existem instruções de execução instaladas sempre próximas aos aparelhos. Dentre as mais de 40 academias que estão instaladas principalmente nas quadras habitacionais, merecem destaque as que integram os complexos do Parque dos Povos Indígenas e o Parque Cesamar, pela combinação com outros ambientes possíveis para o desenvolvimento de dinâmicas esportivas ou não.
Quem?
No que diz respeito ao gênero, o público dos dois parques não é muito distinto um do outro, homens e mulheres frequentam os parques de forma equilibrada, no PPI, um pouco mais da metade do público é masculino, já no Parque Cesamar, 53,3 são mulheres. Uma diferença um pouco maior está na idade, enquanto no primeiro a faixa de idade mais significativa vai de 15 a 30 anos, no segundo, o público é um pouco mais velho, a faixa de idade predominante (53,4%) está entre 31 e 46 anos.
Atividade física em horários alternativos
A maior concentração de público nos parques costuma acontecer nos períodos que antecedem o horário comercial, tanto pela manhã, quanto a noite. Nos finais de semana, o fluxo de pessoas é equilibrado entre tarde/noite. O Parque Cesamar possui um público mais assíduo, 40% dos entrevistados frequentam o parque entre três ou mais vezes durante a semana.

Algumas especificidades desses visitantes variam de acordo com a faixa etária e possibilidades de estrutura oferecidas por cada lugar. No Parque Cesamar a área mais utilizada é a pista de cooper, enquanto que no Parque dos Povos Indígenas o espaço mais procurado é a quadra de areia para o vôlei/futevôlei. Em determinadas situações, os visitantes fazem usos associados, o mais comum é a utilização da pista e da academia ao ar livre.
Importante mencionar que as pessoas também procuram os parques para o lazer, como acontece com o servidor público Danilo Laureano. “Sempre que posso, trago minhas filhas pra passar um tempo aqui, frequentamos o Parque dos Povos Indígenas desde que ele foi aberto, me sinto tranquilo em trazer minhas meninas para passarem um tempo aqui”, comenta.
Em alguns casos, mesmo as pessoas que praticam exercícios definem esses como distração, as relações pessoais encontram novas formas de acontecer, seja por afinidade com certa atividade ou apenas pelo compartilhamento de um mesmo lugar.

Um fator interessante é que, como consequência dessas experiências em espaços públicos, 63,3% das pessoas entrevistadas afirmaram que mesmo frequentando sozinhos, com amigos, ou família, já fizeram novas amizades pelos parques, um fato considerável em tempos de proximidades tecnológicas.
Comments